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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DE MÃOS DADAS COM O SOL (Terceira parte: O rio)

Saímos de casa da "comadre" Gláucia, na companhia da "Melga" e pusemo-nos a caminho


O rio...


...de caudal forte e pujante já não torturava as margens, mas ainda mostrava vontade de inundar os terrenos circundantes.


Seguia com um ímpeto respeitável. Só uma vez, há muitos anos o vira tão furioso. E o pior da fúria já passara...


- E se fossemos trepar? Sugeri, cheia de boas intenções. O dono da torre, o senhor que na foto se vê, disse: Passai ao largo, porque...


...o meu cão morde.


Pretendemos então outros desafios... mas receámos envergonhar o rapaz e nós estávamos ali para um ameno convívio.


E se conversássemos através destes "auriculares". Nada com experimentar. O António telefonou à Gláucia e a conversa aconteceu a três. Ouvia-se mesmo...

 - Não me tiraste uma foto naquela linda posição a que uma poça de água me forçava, pois não?!
- Não, não! Tirei agora?!!!!


Seguimos passeio até à Ponte Sofá. O mobiliário está a precisar de limpeza.


- Como?! Qual me disse que era a sua profissão? Julgar e punir quem não cumpre?! Ah! Quem diria!!!!!!!
Eu era lá capaz de uma coisa destas... (só sugeri e mandei-a ir à frente para registar a prevaricação...)


Mas as circunstâncias falaram mais alto. O rio não se compadeceu e obrigou-nos a arrepiar caminho!!!!!


Chegadas aqui, eu fui dar umas voltinhas de trotinete...


A Gláucia optou pela bicicleta. 


- Olha o buraco ao fundo do túnel!!!! - alegrei-me...
- Estás toda baralhada, não é buraco é a luz. - zombou ela de mim.
-Ah! Mas a luz não vejo...


Seguimos, evitando o melhor possível os obstáculos... Um simples passeio a lembrar a vida... Com tudo se aprende...


Toca de coelho? Não. Os coelhos não vivem em tocas destas. Era simplesmente uma árvore velha e solitária.


Um convite ao repouso e o nosso espanto... 
- Até onde chegaram as águas!!!!


E continuámos pelas traseiras da ETAR.


O rio seguia em sentido contrário ao nosso.


O céu prometia que no dia seguinte havia bom tempo. Hoje sei ter sido uma promessa que não pensava cumprir. Eram horas de voltar a casa.

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