Depois de uma semana mal dormida, não por falta de sono, mas por falta de horas, associada ao passeio pela Judiaria de Leiria, na manhã de sábado, pus-me a caminho de Lisboa.
Esperava-me a sétima comemoração do aniversário. Se não apagasse as velas com os netos corria sérios riscos de não ter feito, mais uma vez, os habituais trinta e cinco anos.
Ao longo dos quilómetros as vértebras lembraram-me que não ia sozinha, a sacroiliite assobiava de mansinho uns "ai que me dói" e o pé esquerdo marcava o ritmo, por baixo do atos. Desta, acabo a minimaratona de "charola"..., pensava.
O tempo gagueja há vinte e nove anos, mas nada o detém...
Domingo de manhã, a filha mais nova, habitual companheira de folguedos, arrancou-me da cama pelas orelhas e ainda estava a esfregar um dos olhos e já a Maria Albertina telefonava, receosa de não chegar a tempo de ganhar os cinquenta mil euros atribuídos a quem batesse, em tempo, o record do mundo, na Maratona de Lisboa.
Este ano o ponto de encontro foi a estação do Metro, em Sete Rios. E o que ela telefonou... "Já estás no Metro?", "Vou a caminho..."; "Em que estação estás?"...
Encontro em Sete Rios, estação do Metro. Da esquerda para a direita: Albertina, Teresa e Conceição.
A pose para a posteridade.E a Ró ao telefone... esperava-nos no Pragal.
Estação do Pragal: encontro com a Ró. A Banda Filarmónica comemorava o acontecimento...
E quem as tirava de lá? Estavam encantadas com as "gaitas"
Lá fomos andando. Momento do protetor solar. Já todas tínhamos e para prevenir a Teresa levara de uma das suas perfumarias (cumprindo as "ordens" da Albertina)
O dia parecia de primavera.
As mimosas estavam lindas!
Alguns enfiaram-se num saco de plástico. A sauna dos pobrezinhos...
E toca a andar até à meta... Dois quilómetros extra prova ninguém nos tira das perninhas...
Aconselhava um cartaz... "Obrigada pelo recomendação. Já somos. E além de livres, tontas. Por isso é que estamos aqui..."
E Cristo disse: Perdoai-lhes Senhor, que não sabem o que fazem... "
Éramos ao todo 40 000 almas!
A Albertina quis logo aproveitar a boleia... "Calma! Ainda tens de palmilhar uns quilómetros..."
Passámos a portagem, aproximando-nos da linha da partida.
Pose para a posteridade sem a Ró. Já a tínhamos perdido...
Na fila do WC... Tudo é motivo de festa.
Este ano não perdeu as calças... atempadamente mandara renovar o elástico.
Mandaram-nos pôr a mão no ar...
Este era o senhor que contava as mãos.
Este o que dividia o número de mãos contadas, por dois.
O controlo este ano foi muito apertado. As inscrições foram abertas até às quarenta mil. A ponte não aguentava com mais gente. Tudo verificado, era hora de avançar. Os cinquenta mil euros esperavam-nos...
FOLLOW ME! E nós "folámezio"...
A manifestação ia na PONTE!
(A foto não é minha e desconheço o dono. "Roubei-a" no Facebook)
E quem e quantos seguiam atrás das palavras de ordem?
Muitos! Uns a pé, outros de carro...
Outros de helicóptero...
A TAP também se fez representar...
O Che veio apoiar-nos
A Arábia Saudita também mandou um emissário...
Seguia uma família inteira com o chefe à frente.
Não faltaram os Kágados. (Desconhecemos se todos tinham acento gráfico, mas não quisemos averiguar)
Não faltaram os caracóis furiosos.
A Minnie...
Estilistas de renome. ("Que gira está a vossa T-shirt! Posso tirar-vos uma foto?" - Que sim, que podia. E eu tirei)
Modelos de alta costura...
Alguns, para se sentirem protegidos...
... levaram mascotes...
E a comandar as operações????
Ela!!!! A maior da PONTE!
Aos 2Kms encontrámos a Ró...
Festa!!!!
"Vamos lá dar um ar sério ao encontro." E elas por um segundo, portaram-se bem...
"Mas há sítio onde uma inspetora de trabalho não apareça?" Não! decididamente as "pestes" encontram-se até no meio de 40 000 comuns mortais... :D Resultado da "luta": perdera um bocado da T-shirt...
Vencido o "mau bocado"... a pose das artistas!
A Ró apanhou funcho e queria ir fazer arroz, mas os que vinham a seguir (e eram muitos) não a deixaram voltar para trás.
Aqui perdi-me. Elas foram aos "couratos", numa tasca à beira da estrada (soube depois - assim como é mentira, poderia ser verdade... Eu é que fiquei pasmada a ver sei lá o quê...)
E eu sem ter quem me levasse pela mão...
O senhor de costas pulava: "Boa corrida! Governo para a rua!" Ah, Valente! Há sempre resistentes...
E as palavras de ordem repetiam-se de 50 em 50 metros...
Eram muitos os que nos animavam a continuar: "Ainda aí estão? Gritem connosco!"
Estive mesmo para ficar por aqui...
Animou-me a hipótese... mas ainda não foi desta que consegui as tais verdes que quero...
"Esperem aí!" Disse o telemóvel. Havia duas senhoras perdidas...
Finalmente, a meta...
O pior tempo, mas muita conversa, muita brincadeira, muito avanço e espera. "Perdi-me! Onde estão???"
Muito riso, muita amizade.
Mais uma manhã bem passada, entre amigas.
Filmaram a nossa chegada.
A medalha: frente e verso
Hora da banana...
E do gelado...
E das gulosas...
E de novos projetos: "Para o ano traremos tu-tus de tule..."
Feitas as despedidas, fiquei sozinha.
"Quero a minha filha!!!!!"
Ela havia-se escapado... Queria medir com rigor o tempo do percurso e estava há horas a banhos de sol, no relvado em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, à espera que eu chegasse. E encontrá-la????
As minhas sapatilhas cansadas ficaram em Lisboa (no lixo)...
Para o ano haverá mais...
será que é desta?
ResponderEliminara reportagem está muito completa com sentido de crítica e humor gostei, a minha sairá em breve em forma de video
ResponderEliminarUma reportagem a sério!!! E que coragem!!
ResponderEliminarE ia tão cheia de "não presta"... mas fiquei melhor depois da "habilidade". :)
EliminarSim, Sra!...
ResponderEliminarQue reportagem completa!
Valha-nos o blogue para nos podermos espraiar!..........
:)
Tem de experimentar o percurso, António. No próximo ano vamos de excursão com o "palhinhas" e tudo... :D
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