O cenário era o da mata dos
Marrazes da sua infância. Aquele dos tempos dos piqueniques organizados pelo
Atlético Clube da Sismaria, pelo dez de Junho. Não sabe a que propósito
acontecia a festa, mas todos estavam animados. Vestia a sua idade atual e estava
contente, como todos os que a rodeavam e eram muitos. Não sabe quem estaria
responsável pelo bar: se o Sr. Chico, se o Silva Gante, se outro membro da
direção do ACS daquela época.
Quis pagar, nem sabe que despesa.
Meteu a mão na carteira, sem olhar. Como ao tato faltou o porta-moedas, prestou
atenção: “Fui roubada.” - concluiu num misto de indignação e insegurança.
“Pagar a conta! Como? – Preciso de dinheiro.” Não podia ir ao Multibanco – os cartões
de débito haviam desaparecido com o porta-moedas. “A casa! Tenho de ir a casa!”
Apressadamente procurou as chaves, mas nem a do carro, nem a da porta. Também a
bolsa onde as guardava tinha sumido… Restava a Carma, a empregada que tem uma
chave para entrar quando não está para lhe abrir a porta. Mas ela não sabia
onde morava a Carma. Na paisagem onde tudo acontecia, o bairro onde reside a
empregada, cem metros de ladeira a descer para o Sampão, não existia.
“Como é
que faço? Como é que faço?” Até os documentos de identificação haviam desaparecido...
"Ninguém me conhece. Como é que faço? Como é que faço?
“Não fazes de maneira nenhuma. Não precisas de fazer!”- ouviu-se a exclamar. Ido o
pesadelo, com o sono por dormir, acabara de acordar.
Bolas!...
ResponderEliminarEntão!? Pesadelo é pesadelo!
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