Neste verão, que mal começou,
tive a ideia de fazer uma nova toalha de praia. Arquitetei o plano e, ontem, para
adquirir o material necessário resolvi deslocar-me ao chinês das Olhavas, por
ser o que vende mais chinesices.
Escolhi o turco pretendido, a
fita mais adequada para rematar o trabalho e dirigi-me à caixa para pagar.
Quando chegou a minha vez, expliquei ao jovem que por trás do balcão ia faturando, que só levava o
turco se tivesse mesmo um metro de largo e um metro e meio de comprido, como se assegurava na prateleira de onde o havia tirado. Ele
abriu o turco, medindo-o por estimativa “tem, tem”. Em função desta afirmação categórica, informei-o de que também queria fita, sendo necessário que alguém fosse cortar dois metros da dita, já por mim escolhida... Vem uma menina, de olhinhos em bico, muito simpática mediu e zás! E eu voltei ao balcão com a fita na mão para pagar a conta que ficara suspensa.
Em casa, meio duvidosa da medição feita pelo chinês e desejosa de dar
seguimento ao plano de execução da toalha, não fossem as férias apanhar-me desprevenida, verifiquei o tamanho do turco… 93cmx1,42m! Pasme-se!... faltava um bocadinho...
Almocei na paz do Senhor e, à
tarde, voltei ao chinês das Olhalvas, armada de fita métrica. “Queres trocar?”
perguntou-me sem que tenhamos andado na tropa juntos, nem nos conhecermos de
qualquer outro lado… mas, mais importante que as subtilezas da linguagem, foi o
facto de ter voltado a casa com um turco maior e mais caro também.
Hoje, quando finalmente ia ter
uma toalha de praia nova e pretendia utilizar a fita de remate, para alindar o trabalho, verifico que a
dita não chegava... em vez de 2m media 1,90m. Voltei ao chinês das Olhalvas que disse umas
chinesices à chinesinha e mandou que se cortasse nova porção de fita.
Que conclusão poderei tirar depois destas andanças? A fita métrica do chinês
é mesmo pequenina…