O FEIXE DE CARUMA
O feixe de caruma! Que humildade!
O feixe de caruma! Que humildade!
São folhas mortas que o pinheiro enjeita,
Ou que o vento cruel por terra deita,
Que se calam sem dó, nem caridade.
Mas, sendo o sentimento de bondade
Aquele que aos humildes mais se ajeita,
São para os pobres a caminha estreita,
São a vida, o calor, a claridade.
O feixe de caruma! Se Maria
Virgem da Nazaré, Nossa Senhora,
Tivesse tido a estranha fantasia
(Perdão por esta audácia pecadora)
De dar à luz nesta freguesia,
De caruma cobria a manjedoura.
Crésus Perdulário
Acácio de Paiva
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