Andei preocupada com uma situação
para a qual não vislumbrava solução a meu contento. Diria mesmo que andei angustiada, rabugenta e zangada comigo própria. Às amigas, nem uma palavra sobre o assunto.
Só gosto de falar dos problemas depois de restabelecida a normalidade, para me
rir deles.
Em alturas destas, costumo correr para S. Martinho. O passeio pela praia, na baixa-mar, a par e passo com o marulhar
fininho das ondas e com a brisa a beijar-me a face, desata-me as ideias e
os raciocínios fluem com mais rapidez… Sinto a praia deserta como se tivesse parado o mundo, saísse um bocadinho para voltar a entrar, logo após ter-me encontrado. Nesta altura do ano, adivinhava S.
Martinho cheio de gente e eu não poderia desfrutar daquele espaço só para mim.
Posto de parte o passeio à
beira-mar, o que resta a uma mulher para refrescar a cabeça? Ir às compras! A
época apresentava-se propícia. Por todo o lado se anunciavam promoções. Se bem o
pensei, melhor o fiz. Meti-me no carro e, num ápice, estava no
Shopping.
Montras e mais montras, um “entra e
sai” de loja em loja. Apalpei tecidos, experimentei sapatos, apreciei malas, brincos, pulseiras e
tudo o mais que havia para ver e mexer… Compras? Não fiz nenhuma, nada me
agradou, nada vi que precisasse.
Na verdade eu não precisava senão da
solução para o problema que me atormentava, contudo não é menos verdade que uma
mulher encontra sempre alguma coisa imprescindível onde gastar os trocos.
Quando tal não acontece, "algo de grave se passa" – garante uma das minhas amigas.
Estarei doente?
Não, filha, estás é sem o subsídio de férias... (que é quase a mesma coisas...)
ResponderEliminarBeijinhos e ... boas melhoras.
Não há como tu para acertar no diagnóstico!
EliminarQue pena não passares receita... :D
Beijinho