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domingo, 15 de julho de 2012

LER


Ler! Que vício incrível! Não sei se por deficiência profissional, se por qualquer outra razão, ou se por razão nenhuma, tenho o vício de ler tudo, absolutamente tudo, em que os meus olhos tropeçam.

A amizade pusera-me a ler, no PC, obras não publicadas, mas eu sou do tempo (como a expressão sabe a anos de hábitos) em que se lia na horizontal, em que não bastavam os olhos, em que as mãos intervinham no ato de ler. Era preciso virar as páginas…

E que saudades eu tinha do papel! Pegar num livro e sentir as folhas, virá-las, sentir o cheiro, comendo sofregamente as palavras, saciando o tato…

Fui à “Boa Leitura”, procurava um Goleman, há muito adiado: “não temos, mas mandamos vir”. A menina puxou do bloco de encomendas; escreve, não escreve… Os olhos espraiaram-se pelas bancas, onde imensos livros se mostravam despudoradamente. Foi “amor à primeira vista”. Os nomes da autora, em letra alaranjada, em degradé, na capa escura de um livro de bolso, chamaram-me a atenção. Escrito assim, Tami Hoag justapunha-se à cor e tamanho do título da obra: “Águas Calmas”. A promessa de intriga fervilhava… Peguei no livro. A mão deslizou pela capa; o livro era maneirinho, como todos em edição de bolso. Que delícia ao tato!  “Vou levar este”.

Aconteceu dia cinco. Oito dias depois, as cerca de seiscentas páginas de leitura condensada estavam cumpridas, sem descuidar amigos e confraternizações.

Quem me conhece dirá que trai Irving Wallace, meu escritor preferido para este género literário, mas eu não precisava de ler, eu precisava de mexer num livro. Deixei-me seduzir pelo tato…

9 comentários:

  1. Goleman, definitivamente, NÃO!
    Não sou apreciador do género, para além de não ler um livro (daqueles que possuem capa e folhas, à antiga), há mais de um ano (leio os livros que compro a todos os 'amigos' da blogosfera), nem pachorra tenho para me sentar e ler. Leio o JN (há mais de 50 anos), que compro religiosamente todos os dias e mais alguns que consulto na net.
    Já agora, se me indicar um e-mail, (se não quiser deixá-lo aqui, pode fazê-lo para o meu, joansitorres@gmail.com) envio-lhe alguns poemas "cá do eu" e conto-lhe uma história de um livro que ia publicar e foi-se...
    Bem, um resto de bom domingo, que a "sineta" chama-me para o almoço (rsrsrs).

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    1. Sou incapaz de dizer "definitivamente, não!" a um livro. Gosto de ler, já que mais não seja, para poder dizer que não gosto...

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  2. Esqueci-me que Tami Hoag, está na mesma linha de Goleman, (por razões diferentes, a escrita é diferente), não é uma preferência minha. Bons tempos em que lia tudo (tudo, tudo, não, nunca li livros aos quadradinhos; acredita que nem sabia como lê-los). Agora sim, um bom domingo (quando começo a escrever sou um chato!

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    1. Será que nem leu "A Mafalda"? Meu caro amigo, nem sabe o que perdeu. A banda desenhada é outra forma de escrita, bem fácil de ler...
      Tente que ainda vai a tempo de se deliciar.

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  3. Olá, Joansito.
    Bem vindo ao meu "sítio"!
    Apareça sempre... mesmo que seja para conseguir impossíveis: comparar Daniel Goleman a Tami Hoag.
    Por favor poupe-me ao ranger de dentes (rsrsrsrs, não é música para os meus ouvidos.
    Abraço.

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  4. Sou um pouco troca-tintas, mas nunca compararia Goleman a Tami Moag. Nunca!
    O que pensei e não expressei correctamente, em palavras, era que não gosto dos dois; não gosto do Goleman, igualmente como não gosto do dito cujo Hoag.
    Parece-me que azeite e água não são, ou ainda não serão, miscíveis.
    Uma boa semana.

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    1. Agora estou a ler "As mulheres da Fonte Nova". Porque não tenta um qualquer título, para além do JN e dos blogs dos amigos?

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  5. Também há quem prefira os livros de cheques, o que não entendo, havendo cartões...
    :)
    Boas leituras (condesados e que não, a vista queixa-se)!

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    1. Olá, Rui.

      As leituras que refere, prefiro fazê-las através de cartões de débito. O processo afigura-se-me mais rápido e não dá lugar a conclusões equivocas...

      Agora um livro pequeno reserva-nos o prazer de acariciar as palavras e levá-las no bolso.

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