Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando
De novos sonhos a vida
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
MESA DOS SONHOS
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Não conhecia e fico "a dever-lhe" mais uma. Tenho direito a troco?
ResponderEliminar:)
Estes bancários estão todos feitos com a Troika! (lol) Mesmo "devendo" ainda pretendem troco...
Eliminar:)
Há Palavras que Nos Beijam
ResponderEliminarHá palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
A palavra beijo pousa-lhe nos lábios, enquanto a palavra carícia lhe aflora a face, para depois a palavra abraço lhe dilatar o peito. São palavras com boca, mãos e braços com que a palavra magia rodopia, na ausência de quem sonha em si.
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