Num qualquer Sábado, cruzei-me com a Carma à porta de minha casa. Quando eu vinha a chegar, ia ela a sair. “Assaltei-lhe a casa” proferiu sorridente levando na mão o saco do lixo que eu esquecera antes de sair; “estou a ver” retorqui apontando o saco e ela continuou “hoje só lhe trouxe flores” e eu pensei “ainda bem”. Pobre e mal agradecida, congratulava-me com o facto de não ter de passar o resto da tarde a migar couves para congelar, embora me saiba bem à carteira não ter de as comprar quando preciso de fazer sopa. A preguiça estava a falar alto! Despedimo-nos e entrei.
Na minha cozinha havia uma tal profusão de jarros e rosas que por um momento pensei que a Primavera tinha emigrado para o meu lava-loiça.
Não era difícil adivinhar. A Carma fora à Guia e trouxera flores. Muitas, imensas flores e repartia comigo a alegria que transportara do jardim.
Comecei por juntar as jarras e depois fui distribuindo as flores. Começo sempre pelas jarras das casas de banho.
De manhã, depois de saltar da cama e abrir a persiana do quarto adivinhando novos arco-íris, na luz rarefeita do outro lado das nuvens, as flores da casa de banho são as primeiras a desejar-me “bom dia”em cada novo dia.
Gosto tanto de flores, aqui em casa também temos em quase todas as divisões jarras com lindas flores, directamente do meu jardim ou oferecidas pelos vizinhos.
ResponderEliminarDizem que não se deve mas tenho no meu quarto uma cana de bambu e uma rosa (a rosa, coitadinha, está mais para lá do que para cá, mas foi-me oferecida em meados de Março e não tenho coragem de a deitar fora)
As flores alegram qualquer espaço :)
Linda jarra com os jarros!
ResponderEliminarOlá, Joana. Tenho andado numa correria tão louca que nem tenho tido tempo para visitar o teu blog ou os dos outros amigos. Apetece-me plagiar o nosso governante e em vez de clamar "deixem-me trabalhar" gostaria de gritar a plenos pulmões "deixem-me dormir!"
ResponderEliminarA história das flores no quarto tem a ver com a fotossíntese que já estudaste (penso eu). Também tenho sempre flores em todo o lado e no dia que refiro havia em minha casa flores "para dar e vender".
As flores alegram sobretudo a nossa alma. São tão efémeras e tão perfeitas! Já detiveste o olhar no azul do íris ou acariciaste a sua fragilidade?