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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SER PROFESSOR...

Ser professor é ser artista,

malabarista,

pintor, escultor, doutor,

musicólogo, psicólogo...

É ser mãe, pai, irmã e avó,

é ser palhaço, estilhaço,

É ser ciência, paciência...

É ser informação,

É ser acção.

É ser bússola, é ser farol.

É ser luz, é ser sol.

Incompreendido?... Muito.

Defendido? Nunca.

O seu filho passou?...

Claro, é um génio.

Não passou?

O professor não ensinou.

Ser professor...

É um vício ou vocação?

É outra coisa...

É ter nas mãos o mundo de

AMANHÃ

AMANHÃ

Os alunos vão-se...

E ele, o mestre, de mãos vazias,

Fica com o coração partido.

Recebe novas turmas,

Novos seres ávidos de cultura

E ele, o professor,

Vai ensinando com toda a ternura,

O saber, a orientação

Nas cabeças novas que amanhã

Luzirão no firmamento da Pátria.

Fica a saudade, a amizade.

O pagamento real?

Só na eternidade.

*”Ser Professor” – transcrição na integra de reflexão de autor anónimo (professor da UNL) presente num restaurante , outrora escola primária na Vila de Carrasqueira.

5 de Outubro - DIA INTERNACIONAL DO PROFESSOR

A comemoração deste dia é uma iniciativa da UNESCO assumida desde 1994.

A escolha deste dia prende-se com a data em que foi publicado o Estatuto do Professor (1966),um documento que reconheceu os professores com um instrumento que define as suas responsabilidades e os seus direitos.

4 comentários:

  1. E ainda há quem perca tempo com os vivas à república...lol

    Ser professor é ajudar o futuro...Não sei é se os professores o terão:(

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  2. Sempre contundente, mas muito oportuno. Por isso é que gosto de ti:)

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  3. Mais um Dia Mundial dos Professores que passou, mais motivos para haver menos festejos. Longe vão os tempos em que os alunos cantarolavam a música dos Pink Floyd para que os professores os deixassem em paz. Agora, os professores querem que os sucessivos incompetentes ministros da educação também os deixem em paz: do degradante modelo de avaliação ao seu desempenho, da estupidez burocrática e administrativa a que são votados, da precariedade, dos 55 mil candidatos aos concursos de contratação a prazo, das suspeitas da manipulação desses mesmos concursos pelas direcções das escolas, da ansiedade e instabilidade profissional provocada pelas colocações no final de Agosto e pelos recentes cortes na Educação que diminuem a qualidade do ensino. Tratem os docentes como a UNESCO os reconhece: "um grupo profissional fundamental sem o qual não pode haver nem desenvolvimento durável, nem coesão social, nem paz

    http://dylans.blogs.sapo.pt/

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  4. Olá, Dylan. Bem vindo ao meu espaço. Gosto de o ver por aqui.
    Quanto aos professores, apetece gritar: "Deixem-nos ensinar!" ou se temerem que haja inerente ao grito, não um desabafo, mas alguma perspectiva pedagógica contrária à modernidade dos tempos, que se grite antes: "deixem-nos ser promotores de aprendizagem".
    Somos muitos, reduzir o número é uma forma de reduzir a despesa e a cultura do povo. A política não é nova.

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