No Louriçal, as cegonhas abundam. Deixei-me encantar a tal ponto que perdi o grupo de vista. E quando cheguei aos arrozais esqueci completamente se haveria algum porto onde tinha de arribar.
Numa curva do caminho lá estava a “minha” Carma. Ela também tinha ido e vendo que eu ficara “sabe Deus onde” resolvera esperar até que eu aparecesse.
Andámos às amoras e até provámos umas uvas “desprotegidas” que encontrámos no caminho.
Enchi os olhos de verde e os ouvidos com o chilrear dos pássaros. Fotografei o que me apeteceu e segui sem pressas.
Chegámos com mais de trinta minutos de atraso em relação ao pelotão da frente, mas ainda chegámos cedo. Havia quatro pessoas perdidas que, embora caminhassem no meio do grupo, não se tinham apercebido que o percurso estava marcado com fitas. Felizmente havia familiares entre os presentes e foi fácil encontrá-las com o apoio dos monitores locais.
Seguiu-se o almoço. A actuação do Grupo de Cavaquinhos do Louriçal e a visita ao Convento das Carmelitas e aos Monumentos que já conhecia e de que aqui já dei notícia a propósito de um outro passeio.
Saímos de Leiria e chegámos ao parque de merendas de Fonte da Pedra. Aqui foi servido o pequeno-almoço: pão com mel, café, leite e biscoitos de azeite. O Sr. Presidente da Junta fez o discurso de boas vindas, ofereceu-nos um boné, uma garrafa de água e começou a caminhada.Eis a fonte que deu o nome ao lugar.
O trilho não se via muito bem... Ou seriam as minhas lentes embaciadas...
Van Gogh passou por aqui?
Primeira paragem: Ribeira de Santo Amaro. Havia imensa gente a encher garrafões e garrafões de água. A questão é que se era a ribeira que vi que alimenta a fonte e deverá ser, esta encontra-se coberta de "não me esqueças". Não será isso pronúncio de poluição? De excesso de químicos na água?
Palavras para quê? O letreiro diz tudo - Louriçal
Nas margens do curso de água, este fabuloso manto de umbelas. Esta inflorescência é usada no Norte para enfeitar andores (à mistura com outras flores).
À chegada ao Louriçal. Não é a igreja que está torta. Isso é um efeito artístico de quem é pouco habilidoso com a máquina fotográfica (eu sei quem é mas não me acuso)
Começou aqui a "loucura" das cegonhas. Neste ninho, que se situava muito longe, divisavam-se quatro aves.
Atenção, muita atenção! Para aquele lado fica a terra onde (por acidente ) nasci. Quem adivinha onde foi?
Na década de sessenta do século passado, nos manuais do 4.º ano de escolaridade, os pássaros eram usados para transmitir todos os valores relacionados com o lar, com a vivência em família, como exemplo de tudo o que de bom haveria na relação entre pais e filhos.
Mas se aquela imagem não chega, aqui deixo o exemplo da vizinha do lado...
Foi aqui que me atrasei. Não era muito mais interessante que a localidade se chamasse "Casais do Além". Mania de baptizarem as terras sem me perguntarem a opinião!
E o grupo lá ia e eu cá atrás de boca aberta a olhar para as cegonhas...
Quem não se fascinaria com estas heras a treparem pelos eucaliptos?
Que ave é esta no meio do arrozal? Digam-me que eu não sei.
Há quantos anos eu não via destas plantas? Também já nem sei o nome (que vergonha, que ignorância!)
O verde maravilhoso destes arrozais!
O Grupo de Cavaquinhos do Louriçal que actuou para nós após o almoço. Foi óptimo. Mereceu os nosso melhores aplausos.
Árvores do adro da Igreja de Santiago. Igreja Matriz do Louriçal.
A avaliar pelas imagens deve ter sido um lindo passeio. No sábado também tentei fotografar umas cegonhas na zona de Aveiro mas, quando passei de carro, chovia e não deu para tal. Não há dúvida que há pessoas com muita sorte…
ResponderEliminar:)
Foi um óptimo passeio. E já estão mais previstos para depois das férias de Verão. Aliás, convém dizer, em abono da verdade, que o Grupo Caos tempo um programado para Domingo, 17 deste mês para Leiria - 10 Km - num percurso circular, de dificuldade média. Quem gosta de andar a pé, tem muito por onde escolher...
ResponderEliminarSorte com as cegonhas, tive. Havia muitos ninhos e agora muitas crias também, a espreitar do alto. Contudo o que de mais bonito vi no concernente ao tema, foi entre Borba e Campo Maior, a primeira vez que fui à Festa da Flor. Como não era eu que conduzia, acho que pedi para parar o carro de cem em cem metros.
Mas do que tu gostaste mais e não confessas aqui foi mesmo (do Conventos) das Carmelitas... eu bem sei.
ResponderEliminarBons passeios. Boas caminhadas (antes tu que eu...)
Guia.(certamente não por acidente)
ResponderEliminarOlá, Carol. Claro que gosto do Convento e da Irmã Fátima, a Carmelita que sempre nos recebe e mostra o que é possível visitar.
ResponderEliminarEu admiro as Carmelitas. Acho extraordinário como é que alguém sendo do mundo pode viver como não fazendo parte dele. Eu seria incapaz. Tive uma Carmelita na família, prima de minha mãe e a irmã desta também era freira, mas de outra ordem. Eu não ouvi esse chamamento.
Olá, Olímpio.
ResponderEliminarDe facto nasci na Guia. Como é que adivinhou assim tão rapidamente? E claro que não foi por acidente (lol), mas saí da Guia muito cedo. Com dois meses e dois dias de idade vim morar para a Freguesia de Marrazes. À excepção de oito meses que vivi no Minho, para onde fui no dia em que fiz sete anos, cá me conservo. Parece-me que esta permanência já começa a ser falta de imaginação (lol)
Não foi adivinharia, foi simples pontaria -
ResponderEliminarQuem muito bem alumia, só pode ser da Guia!