Guisava os pedaços de tamboril,
com meia dúzia de camarões, ainda sem saber se iria almoçar arroz ou massada de
peixe, quando me lembrei que não tinha coentros. Não dispenso o aroma que emprestam
à comida, a esta comida, e saí disposta a adquirir o que me faltava para
completar o almoço.
Quando cheguei à rua, a opacidade
da manhã envolveu-me. Aquela luz, a luz de outono que adoça os contornos e
envolve a paisagem em mistério… o céu plúmbeo, a praceta quase deserta de
carros, o amarelado de uma ou outra árvore e a quietude… É a quietude, na cor
da manhã, que fala de outono.
É no outono que mais me apetecem
os afetos dos que já partiram e aqueles que não tenho. Tempo de aconchego, tempo
igual ao que antecede o meu sono em cada noite…
Que pena não passar tão depressa!
Decidi-me pela massada de peixe. Acompanhei com o Sauvighon que restava na garrafa oferecida pela ML, por ideia
da GM. O almoço estava ótimo.
Se tenho sabido mais cedo, com tantos coentros ali no quintal, não era "massada" nenhuma...
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Muito obrigada, Rui.
EliminarQuem sabe, qualquer dia juntam-se todas as seguidoras do seu blog e assaltam a horta.