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sexta-feira, 18 de março de 2011

ERA UMA VEZ...

Uma pequena história celebrando o sol desta manhã, a adivinhar a Primavera.

O Menino Arco-íris

Era uma vez um Menino Arco-íris. Não sei se o Menino Arco-íris não sabia ou não queria que se soubesse que ele era Arco-íris.

Menino Arco-íris vivia nas nuvens, preso num cristal de gelo que pendia de uma delas, ali mesmo mergulhado em azul, entre o céu e o mar. E as Primaveras sucediam-se e ali permanecia confuso e distraído, enroladinho e suspenso.

Ele ouvira dizer que arco-íris tinha sete cores, mas ele só possuía seis e sempre que se dispunha a procurar a que faltava alguém empardecia e ele desenrolava o arco, descia à terra, irradiava as seis cores que possuía e acabava esquecendo-se de procurar a que lhe faltava.

Ele possuía o vermelho – vida; o laranja - envolvente; o amarelo – alegria; o azul - misterioso e insondável; o anil - suavidade e o roxo - ausência e ali, bem no meio, aquele vazio…

Menino Arco-íris começara por se preocupar com isso, mas fora-se habituando a viver com seis cores e até pensou que assim estava bem.

Mas um dia… e há sempre um dia que acontece diferente, uma borboleta sem tom pousou no cristal pendente e mergulhou naquele espaço. Estava um dia de sol, bonito, como só os dias de Primavera e o Menino Arco-íris coloriu-lhe de amarelo uma asa, de azul a outra e quando a borboleta quis voar, as cores misturaram-se e aquele espaço vazio encheu-se de VERDE.

A partir desse dia o Arco-íris passou a ter sete cores. Podemos vê-lo a qualquer momento, se fecharmos os olhos… E a história conta que em vez de um duende com um pote de ouro, lá bem juntinho ao arco, passou a estar uma borbota, umas vezes mais luminosa, outras menos, mas sempre VERDE.

VERDE DE VERdaDE

Porque a VERdaDE É VERDE

4 comentários:

  1. Tens de escrever um livro de histórias para as criancinhas! Tens jeito! Que bom! Eu cá só tenho jeito para dizer mal.... do Cavaco...

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  2. Óh Isabel.
    Que rico dote de escrita!
    Espero ler um livro publicado por si.
    Agora respondo sobre as tulipas amarelas, que já percebi serem as suas preferidas.
    Realmente os bolbos dessa cor que os tenho plantados, ainda não aparecem as flores e, pelo andar da carruagem, parecem-me que se vierem à luz, virão degenerados. Foram bolbos importados da Holanda e, segundo me disseram talvez nem cheguem a florir. A esperança é a última coisa a morrer. Esperemos pode ser que esteja enganado.
    b.f.s.
    JOÃO

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  3. Tem aqui mais uma fã Isabel, para quando um livro? Gostei muito da história! Continue! Beijinhos e um óptimo fim de semana!

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  4. Olá, amigos.
    Muito gentis sois! Muito obrigada pela simpatia.

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