Ela acordou cedíssimo naquela manhã de Sábado. Viu-se perante uma situação estranha e assustou-se. Não bastava estar doente dos olhos? Seria a situação consequência do antivírico? Deveria ir ao hospital? “Não há Sábado sem Sol” pensou e deitou-se novamente esperando que fossem horas para ir à consulta aberta, ao Posto Médico.
A ida ao médico adiantou pouco. “Poderá ser isto… poderá ser aquilo….“Pare com o antivírico e aproveite o fim-de-semana para repousar”, foi a recomendação do clínico que também não percebeu o que se passava. E ela voltou para casa, não sem antes visitar a mãe para deixar a “Maria”não fossem faltar-lhe os resumos das telenovelas, que paciência já não há para ver aquilo tudo, na TV, dia a dia, aos bocadinhos.
Precisava de palavras de conforto, de mimo, de ânimo, de esperança, mas mesmo que o médico tivesse passado receita, nada disso se vendia na farmácia. Deitou-se e aproveitou para estudar o papel da peça de teatro em que participa.
Lembrou-se e telefonou à amiga ”amanhã, não poderei ir ao passeio pedestre a Alvaiázere, estou doente”; “queres que vá aí? tens almoço? queres sopa?
As horas foram passando. Apareceu a empregada avisada pela amiga. Trouxe um braçado de grelos e outro de flores. Alegrou as jarras e partiu.
Às dezoito e trinta levantou-se. Um duche revitalizou-a. Cuidou-se, vestiu um vestido preto bem justinho e pendurou umas penas rubras ao pescoço. O jantar de Carnaval do Rotary Club estava marcado para as vinte. Morrer sim, mas não de tédio!
Dançou toda a noite e as penas rubras foram-se espalhando pelo chão!
Fénix renascera das cinzas.
Francamente li e reli e fiquei na dúvida...Real? Imaginado?
ResponderEliminarOu que seja é uma história do diabo (mais se for imaginada...)...
E escreves bem:)
Olá M.
ResponderEliminarNão é uma história imaginada. É verídica.
Obrigada pelo "escreves bem :)"
Não se agradece o que se é!!!
ResponderEliminar:)
Não sou muito de elogios. Mais de constataçõs:)
Fenix quer dizer vermelho *
ResponderEliminarEram rubras suas penas
Imortal não aconselho
Mas duradoura apenas
O vestido justo preto
Não é Fenix renascida
É mais "não me comprometo"
É mais "gosto da Movida"!
Se toda a noite dançou
A espalhar penas no chão
Então o vírus finou
No meio da confusão
nota do autor: Fenix está ligada à palavra fenicio e associada à cor purpura,embora Fenix tivesse cinco cores
Fénix com novas penas?
ResponderEliminarOu Fénix sem penas
A penar com pena
Das outras penas?
Olá "euchavi"! Mas que veia! Obrigada pelas quadras.
ResponderEliminarEspalhei as penas da echarpe, mas tive alguma ajuda. As penas eram bonitas, atractivas mesmo e muita gente andou com elas ao pescoço, ajudando a espalhar as minhas penas pelo chão.
Cheguei a casa quase sem penas, mas o vírus não se finou
Olá, Olímpio!
ResponderEliminarPois tenho pena, aqui digo
Tenho pena, não sou galinha
Só queria que o meu amigo
Tivesse também pena minha
Olá Isabel sem pena!
ResponderEliminarPara burro só me faltam penas
Mas burro penas não tem!
Que pena faltar-me a pena
De não ter pena de ninguém!
Olímpio, que nada lhe falte!
ResponderEliminarSe tem pena de não ter penas
Faço-lhe um belo toucado
P'ra que esse burro sem penas
Fique lindo e enfeitado
Ponha as penas nas orelhas
Outras na cauda coladas
Verá as novas e velhas
Só burras apaixonadas
Fico sem penas, é certo
Mas outras desse jaez
Comprarei aqui bem perto
Na loja de algum chinês
ó Fenix, agora dás-te às desgarradas?!... Tá giro, tá!
ResponderEliminarPois, se me havia de dar para pior... :) Se calhar tive febre e nem dei por isso (lol)
ResponderEliminarPenas não há na loja
ResponderEliminarDe chinês nem de ninguém
Penas só há na forja
Do penar por um alguém
Depende da pena, amigo
ResponderEliminarRelativo é o conceito
Acredite no que digo
E arranqu'as penas do peito
Não são penas do peito
ResponderEliminarNem penas de nenhum pavão
Penas apanham-se a eito
Apenas as do coração
As penas do coração
ResponderEliminarSão as dum amor falhado
Penar por isso, é que não
Muda-se é de namorado(a)
Absoluto é o Tempo
ResponderEliminarQualquer seja o conceito
E é também o Pensamento
Sempre além do dito e feito
Há penas de todo o jeito
Quer se queira quer não
Mas as penas do bem mal feito
São das piores do Coração
Há penas de todo o jeito
ResponderEliminarPor isso quis dar as minhas
Já tenho o toucado feito
Estou a cosê-lo com linhas.
Leia Kant e então
Será mais objectivo
As penas do coração
Doem? Tudo é relativo!
Nunca leio Kant nem Comte
ResponderEliminarNem Descartes ou Galileu
Por mim quero iluminar minha fonte
E dar Luz a noites de breu
É cego quem não quer ver
ResponderEliminarE vive na escuridão
Se filósofos não ler
Não consegue ter razão
Conhecimento é luz
Helenístico conceito
Mas só a ele faz jus
Quem estudar a preceito
Insiste por teimosia
Não lhe falta inteligência
Teima só por fantasia
Pensando que é persistência
Não me importa não ter razão...
ResponderEliminarNunca estudei a preceito!
Só tenho a minha Razão
E querer aprender a meu jeito.
Só há vida com fantasia
Disfarce é a persistência
Eu prefiro a teimosia
E que vá abaixo a petulância