Dá-me a tua mão.
Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.
Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.
José Gomes Ferreira, in “Poeta Militante I”
Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.
Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.
José Gomes Ferreira, in “Poeta Militante I”
E se eu de súbito gritasse
ResponderEliminarnesta voz de lágrimas sem face?:
Eh! companheiros da plataforma
presos ao apagar do mesmo navio!
Porque não nos amamos uns aos outros
e damos as mãos
- sim, as nossas mãos
onde apodrecem aranhas de bafio?
Eh! companheiros da plataforma!
(Não empurrem, Irmãos.)
José Gomes Ferreira
Poesia III
Há dias assim ...
Abençoado o dia em que a voz se ergue para que as mãos se unam! Bem haja pela partilha.
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