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domingo, 2 de setembro de 2012

S. MARTINHO DE S. MARTINHO DO PORTO



S. Martinho de Tour, nome por que ficou conhecido através da biografia de Suplício Severo, Vita Martini, escrita entre 394 e 397, terá nascido em Sabaria, na antiga Panónia, hoje Hungria, entre 315 e 317. Filho de um soldado do exército romano, estudou em Pavia e tendo abraçado a vida militar aos quinze anos, chegou a cavaleiro da guarda imperial.
Conta a lenda que, por volta do ano 338, às portas de Amiens, em França, numa noite fria e chuvosa de Inverno, seguia a cavalo quando um pobre com ar miserável e quase nu lhe pediu esmola. Martinho, que nada tinha para dar, num gesto de generosidade cortou ao meio a capa dando metade ao mendigo, para que se agasalhasse. De seguida, conta a lenda, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Este sinal do céu, considerado como milagre, celebra-se no dia onze de Novembro, o que faz de S. Martinho o único santo festejado de inverno.

A dita capa de cor púrpura, simbolizava o estatuto social, o poder da classe militar, daí o ato de partilhá-la ser um rasgado gesto de solidariedade, numa época em que, passados três séculos de cristianismo, os homens ainda não se consideravam todos como irmãos.



No altar-mor da igreja de S. Martinho do Porto existe esta fabulosa pintura.

 


Sento-me num dos bancos e fico a olhar. Um imberbe cavaleiro vestido à moda do século XVI, monta um garboso cavalo branco. À sua direita um homem, musculado e seminu, cobre-se com parte do seu manto e mostra-nos a mão direita numa posição que sugere o ato de pedir esmola.
Salta à vista o manto – verde! Desenha-se-me o primeiro sorriso. Deverá ser o único oficial da guarda romana com um manto verde, penso. Teria de ser único, este S. Martinho, de S. Martinho do Porto!
Que pincel impressionista terá dado à luz aquele pobre? E volto a sorrir, desta vez à desproporção. Que quereria dizer o pintor com esta imagem? O modelo era um homem muito alto? Haveria muitos pobres? Era muita a miséria? Ou não nos quis dizer nada de especial? Falta de habilidade do artista?

E o cavaleiro? Quem é aquele imberbe D. Sebastião? Porque simbolizará S. Martinho a uma distância de doze séculos? Que traços inventou o pincel para exprimir humanidade, humildade, solidariedade, gentileza? 

Não sei responder a tanta questão, mas também nunca procurei respostas.

Gosto de ir à igreja e sentar-me a questionar calmamente esta imagem única.

Uma tarde, levei lá as amigas...

(bibliografia: NET)

A IGREJA DE S. MARTINHO DO PORTO


O Largo junto à porta de entrada. Aqui costuma arder o madeiro do Natal.
(Sim. Tempos houve em que nem só as férias de Verão passava em S. Martinho do Porto)
Gosto deste quadradinhos em preto e branco.





Pormenor do teto


A P.S. queria, à viva força, esta pia de água benta, para levar para a casa do Reguengo do Fetal.
Fiz-lhe a vontade e trouxe-a. Aqui está, para lhe entregar...


A O.C. preferiu a expressão do cartaz: "Porque murmuramos, fazendo criticas fáceis, em lugar de mudar radicalmente o presente?"
Nessa tarde eu prometera fazer-lhes as vontades. Trouxe também a questão...


 Mas, olhando para a porta da direita (nós entrámos pela da esquerda) fui categórica: Faz-te ao largo. Foi o que fez cada uma de nós...
Atravessámos o largo e dirigimo-nos para a...

Onde se vendem as melhoras bolas de Berlim, com ou sem creme; as famosas areias de S. Martinho - "Sabem mesmo a manteiga." - exclamou a O.C. quando provou; as melhores empadas de galinha do mundo, com massa folhada tão estaladiça como a dos pasteis de nata.

Mas, porquê a admiração? Tudo o que nasceu ou foi inventado na década referida é de primeira qualidade :))



Depois da merenda, continuámos o passeio...


Para olharmos o mar... lá do alto.



2 comentários:

  1. Quanto é que o "regedor" de S. Martinho te paga para assim fazeres publicidade ao seu burgo?...

    E, já agora, não me dizes para que é que a P.S. queria a pia de água benta na sua casa do Reguengo?! Só se for para quando recebe lá as suas amigas "bruxas"...

    Bom gosto mesmo teve o pintor do quadro desse S. Martinho quando lhe pintou o manto de verde! Já sabia que o Sporting havia de ser o clube mais simpático de todos....

    (Chega de palermices...) Beijos.

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    1. Recebo em géneros. Lavo a alma e o olhar. S. Martinho faz de mim uma pessoa melhor.

      Só uma correção se me oferece ao teu comentário: o pintor era adepto do Sporting... :)

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